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Programa da UFSCar de Araras é eleito como uma das melhores experiências de educação ambiental

Editoria: Vininha F. Carvalho 23/11/2012

O projeto de ensino, pesquisa e extensão "Programa de Educação Ambiental em Escolas Rurais de Araras (SP)", realizado no Centro de Ciências Agrárias (CCA) do campus Araras da UFSCar, foi selecionado pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das 25 melhores experiencias de educação ambiental da agricultura familiar no Brasil.

A Chamada Pública para seleção de "Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar" faz parte das ações do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF).

O PEAAF é um programa de educação ambiental, criado para o público envolvido com a agricultura familiar, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento rural sustentável e a regularização ambiental das propriedades rurais voltadas para a agricultura familiar.

As propostas do programa seriam atingidas baseadas na agroecologia e práticas sustentáveis, desenvolvendo processos educacionais críticos e de mobilização social.

O "Programa de Educação Ambiental em Escolas Rurais de Araras (SP)", orientado pelo docente Rodolfo Antonio de Figueiredo, foi um trabalho realizado em seis escolas rurais de Araras, que totalizam cerca de 700 alunos e adolescentes entre o 1º e 9º ano.

O programa consistiu na execução de cinco projetos: um diagnóstico socioambiental participativo das escolas rurais, nos anos de 2009 e 2010; um projeto de atividades educativas ambientais e agroecológicas com os estudantes das escolas rurais, de 2009 até 2011; uma disciplina para estudantes de graduação e pós-graduação da UFSCar sobre educação ambiental em meio rural, entre 2009 e 2011; um curso de formação continuada em educação ambiental e agroecologia para os professores das escolas, em 2011; e um evento científico que reuniu professores de todas as escolas rurais e a comunidade do CCA/UFSCar, em dezembro de 2011.

Gilmar Silveira de Souza Junior, aluno do curso de Agroecologia do CCA e integrante do projeto, diz que as ideias iniciais para o programa nas escolas rurais surgiram por meio de reuniões com os professores.

"Sentamos com eles [professores] para saber o que mais precisavam. Alguns queriam realizar atividades práticas e outros atividades teóricas" aponta.

O docente e orientador, Rodolfo Figueiredo, exaltou o trabalho realizado e para ele, de acordo com os resultados obtidos, foram caminhos acertados.

"Provamos que é possível fazer pesquisa, ensino e extensão de forma integrada, interagindo o graduando, o pós graduando e o público externo".

Além disso, ele ressaltou a importância da produção da agricultura familiar, uma vez que de acordo com o último Censo Agropecuário (2006), ela representa 84,4% dos estabelecimentos rurais brasileiros e ocupa 24,3% das áreas agrícolas, respondendo por 74,4% da mão de obra.

" Eles tem uma parcela significativa dos alimentos que consumimos, e é isso que também queremos demonstrar para os alunos das escolas rurais, que eles são importantes, pois eles ainda são alvo de discriminação" afirma o professor.

Entre os dias 28 e 30 de novembro, o Ministério do Meio Ambiente organizará em Brasília o "Seminário de Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar" em que haverá apresentações das principais experiencias e o lançamento do livro "Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar", que contém as 25 experiências selecionadas em todo o País.

Esse reconhecimento e a proporção que alcançou o trabalho realizado pelos alunos do CCA não era previsto.

"Não esperávamos que o reconhecimento atingisse tal proporção, agora ele servirá de base para o aperfeiçoamento dessas iniciativas e servirá de exemplo, isso é o mais gratificante. Foi uma utopia superada e um incentivo para continuarmos trabalhando nesse caminho", complementa Gilmar.

No total foram doze pessoas que participaram do projeto, entre docente, graduandos e pós-graduandos do CCA. O programa teve o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx/UFSCar), Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad/UFSCar), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da CAPES e CNPq.

Fonte: UFSCar