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Nascem mais duas harpias no Refúgio Biológico Bela Vista

Editoria: Vininha F. Carvalho 27/01/2012

A família de harpias (Harpia harpyja) do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, continua crescendo. Mais dois filhotes nasceram – um no dia 26 de dezembro, outro no dia 1.º de janeiro.

Agora com nove aves, três delas adultas, o plantel de harpias do
RBV se tornou o maior da região Sul e um dos maiores do Brasil.E esse plantel só não é maior por falta de espaço.

Em três anos, nove nascimentos em cativeiro bem-sucedidos já foram registrados no RBV. Como um filhote morreu e outro foi doado para o Criadouro Onça Pintada, em Campina Grande do Sul (PR), permaneceram sete no local.

“Aqui nós só temos espaço para manter três casais, então temos que começar a destinar os bichos para outros zoológicos parceiros de criação”, afirmou o biólogo Marcos José Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas(MARP.CD).

O projeto de conservação da harpia promove a reprodução da espécie em cativeiro e é desenvolvido no RBV pelos veterinários e biólogos da Itaipu.

A harpia é a mais forte ave de rapina do mundo, atinge quase um metro de altura e chega a pesar até nove quilos.

Na natureza, o animal é raramente encontrado fora da região
extra-amazônica, o que provoca o esforço de instituições para preservá-lo.

No Paraná, Estado que ostenta a figura da ave em seu brasão oficial, a espécie está ameaçada de extinção. O último registro de observação na natureza paranaense foi em 2005, na região de General Carneiro.


Chocadeira artificial:

Desta vez os ovos foram parcialmente chocados de forma artificial.

Nos processos anteriores, os filhotes eram retirados do ninho no primeiro dia do nascimento e deixados diretamente em uma incubadora, onde a temperatura é controlada e eles recebem alimentos.

A intenção dos profissionais do RBV era promover a criação natural dos novos filhotes pelos pais, mas o plano precisou mudar porque a mãe estava doente – o que tornou necessária a utilização de uma chocadeira artificial.

O primeiro ovo passou 19 dias no ninho e 35 na chocadeira artificial e o segundo, 13 dias no ninho e 40 na chocadeira.

“Tiramos os ovos e cuidamos até o nascimento. Foi um sucesso”, explicou Oliveira. Para realizar o novo procedimento, a equipe do RBV seguiu as orientações da ONG norte-americana Fundo Peregrino do Panamá.

“Eles desenvolveram esse protocolo no Panamá e já finalizaram as pesquisas”, disse Oliveira. O sexo dos filhotes ainda não foi identificado.


Filhotes passam bem:

Graças aos cuidados constantes, os filhotes conseguem se desenvolver rápido. O mais velho nasceu com 71g e já está com 1,14 kg, enquanto o mais novo nasceu com 66g e já pesa 672g. “Eles estão ótimos”, disse Oliveira.

A quantidade de refeições diárias dos filhotes passou de cinco, no início, para três. Os profissionais da Itaipu usam longas pinças para dar pedacinhos de carne aos filhotes. As harpias são aves rapinantes carnívoras que se alimentam de animais de pequeno e médio porte.

Fonte: Itaipu