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Temporada de verão exige maior proteção para os pets

Editoria: Vininha F. Carvalho 10/12/2010

A chegada da estação mais quente do ano inspira momentos de descontração, passeios e viagens com o animal de companhia. Mesmo com o clima favorável, é necessário ter cautela com os possíveis problemas relacionados ao período, como doenças e parasitas. Cinomose, parvovirose e leptospirose são alguns exemplos de doenças mais frequentes nessa época do ano e são disseminadas entre os animais por meio do contato direto. Para evitar a contaminação e manter o animal saudável é necessário tomar algumas medidas.

Segundo Leonardo Brandão, doutor em medicina veterinária e gerente de produto da Merial Saúde Animal, a leptospirose, por ser uma zoonose, é uma das enfermidades que apresenta maior preocupação, pois pode acometer cães e seres humanos.

“A doença transmitida pricipalmente por ratos põe em risco pessoas e animais que vivem em áreas em que se tem contato com esses roedores, mesmo áreas urbanas”, explica Brandão.

Água e alimentos podem ser contaminados por meio da urina do rato. Desta forma, os cães ficam vulneráveis ao contágio ao passearem pelas ruas e parques, pois a penetração da bactéria ocorre por meio das mucosas (olhos, narinas, boca) em contato com a água contaminada.

“Em alguns casos, os cães apresentam sintomas brandos, que não são facilmente diagnosticados, desta forma podem eliminar a bacteria pela urina por muitos meses, isto se torna um grande risco para as pessoas que convivem ou tenham algum contato com esses animais”, alerta o especialista.

Outra doença que merece atenção é a cinomose, contagiosa, atinge o sistema nervoso dos cães e pode provocar a morte. De acordo com a WSPA- Sociedade Mundial de Proteção Animal, enquanto a doença está praticamente erradicada em países desenvolvidos, no Brasil apenas um em cada cinco cães é vacinado, ou seja, apenas 20% da população canina. A transmissão é feita entre os animais doentes por meio das secreções nasais, urina ou fezes dos cães acometidos.

“Para identificar a doença, os sintomas iniciais são de uma gripe comum, tosse, espirros e pode evoluir para diarréia branda. Os sintomas graves, que ocorrem no último estágio, podem evoluir para convulsões, dificuldade na alimentação e na movimentação. Poucos animais resistem e os que conseguem sobreviver podem ficar com sequelas graves”, esclare Brandão.

Além da cinomose, outra virose que necessita de atenção é a parvovirose. Esta doença é conhecida por sua gravidade e elevada mortalidade, principalmente em filhotes, por conta do quadro gastrentérico (vômitos e diarréia).

O contagio do vírus acontece por meio feco-oral, ou seja, pelo contato de cães com as fezes de animais doentes. O agente infeccioso da parvovirose apresenta resistência no ambiente e pode sobreviver por muitos meses no meio-ambiente. Os primeiros sintomas são prostração, vômito e diarréia com sangue.

“Em casos de animais que permaneceram doentes em um determinado ambiente, recomenda-se a limpeza e desinfecção do local com produtos contendo hipoclorito de sódio ou amônia quaternária, de modo a eliminar a presença do vírus”, aconselha o médico veterinário.

“É importante lembrar que essas são doenças graves mas que podem ser prevenidas por meio da vacinação. Desta forma, antes sair com o animal para viagens ou passeios é importante que a carteira de vacinação esteja em dia. Se as doses estiverem atrasadas é recomendado vacinar o animal – adulto com pelo menos sete dias de antecedência – pois a imunidade leva alguns dias para ser desenvolvida.

No caso de filhotes é necessária a finalização do protocolo de vacinação inicial composta por pelo menos três doses,” ressalta Dr. Leonardo.

Vale lembrar que o Médico Veterinário é o único profissional capacitado para realizar a vacinação dos animais. Levando seu animal em um profissional veterinário ele poderá fazer o exame completo de seu animal e assim determinar se ele está em condições de receber as vacinas, ou ainda, qual o produto mais indicado para cada caso.

Quando o animal já estiver infectado por alguma doença causada por vírus, o tratamento vai combater as infecções secundárias e a manutençao de um bom estado nutricional.

“O objetivo é melhorar as condições do animal por meio de tratamento sintomático e de suporte, uma vez que não há um tratamento específico. O ideal é oferecer condições para que ele se recupere naturalmente”, acrescenta o especialista.



Fonte: Mayara De Bona