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Fim de férias: pets devem fazer exame de sangue específico depois do período de viagens

Editoria: Vininha F. Carvalho 30/07/2010

Infestação por carrapatos é comum nesta época e os donos precisam investigar se o animal não foi contaminado por doenças como babesia, erlichia, anaplasma ou dermatites causadas pelos parasitas

Além de boas recordações e histórias para contar, o período de férias pode deixar também outro tipo de lembranças àqueles que incluíram o animal de estimação no roteiro de viagens. O contato com áreas rurais e com outros animais, aliado às condições climáticas facilitam a infestação por carrapatos e outros parasitas.

“Na época do inverno onde o tempo é mais seco o carrapato encontra maior facilidade para a sua disseminação”, relata Carla Alice Berl do Pet Care Hospital Veterinário.

De acordo com a médica veterinária, é comum os proprietários esquecerem do risco de doenças ligadas aos carrapatos e cuidarem apenas do controle da infestação.

“Mas isso não resolve todo o problema. Precisamos averiguar se ele foi contaminado por doenças como a babesia, a erlichia, anaplasma ou ainda se não vai ter dermatite secundária aos carrapatos”, alerta Carla.

“Em alguns casos, essas doenças podem ser silenciosas e causar lesões em órgãos como rins, medula óssea, cérebro, pulmão e outros. Mais comumente afetam a medula óssea do animal, causando uma imunossupressão e anemia”.

Para evitar surpresas, a especialista indica a realização de dois exames de sangue específicos que devem ser feitos a partir de 21 dias após a detecção do problema: o Elisa SNAP 4dx e o hemograma.

“Estes exames medem a existência de anticorpos no sangue e precisam de 21 dias para começarem a dar positivo caso o animal esteja contaminado”, esclarece. Os testes custam R$ 97 e R$ 39, respectivamente. No Pet Care, eles podem ser realizados durante as consultas, basta que o proprietário informe ao veterinário que o animal teve contato com carrapatos e outros parasitas. Caso os exames tenham resultados inconclusivos deverá ser feita uma prova de PCR, que tem um custo mais elevado.

Outros problemas:

Bernes, pulgas, verminoses, problemas de pele e gástricos, devido à mudança de dieta, também são problemas comuns após o período de férias.

“Os proprietários devem estar atentos a qualquer mudança de comportamento que o animal apresente, principalmente depois de uma viagem ou final de semana em que teve contato com grama, pólen e ambientes diferentes do que está acostumado”, ensina Carla.

Mudanças na rotina alimentar, vômitos, coceira e aparecimento de feridas são sinais de que algo está errado e o ideal é procurar o atendimento veterinário.

Fonte: Tay Bueno