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Dia da Biodiversidade alerta para degradação de ecossistemas

Editoria: Vininha F. Carvalho 21/05/2010

O dia 22 de maio é conhecido como o Dia Internacional da Biodiversidade, mas neste ano, que também foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional da Biodiversidade, a data deve servir como alerta para a situação que o tema se encontra.

Segundo um relatório divulgado este mês pelas Nações Unidas, o Global Biodiversity Outlook (GBO), os ecossistemas estão sendo explorados em uma velocidade que já afeta a produção de alimentos e outros bens de consumo, como água, e que o aumento da pobreza no mundo está diretamente ligada à queda da biodiversidade e ao aumento do número de espécies em extinção.

O relatório ainda destaca que vários países que tinham se comprometido a diminuir a exploração de áreas naturais e preservar o meio ambiente não atingiram suas metas.

No combate deste cenário, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) já trabalha há alguns anos com projetos que visam a conservação de áreas naturais que, além dos reesultados para o meio ambiente, ajudam a manter a geração dos serviços ambientais – benefícios como água, equilíbrio climático, polinização, conservação do solo, entre outros, gerados pela natureza e seus processos ecológicos.

Dentre estas ações da SPVS, estão as iniciativas dos projetos de manutenção de estoque de carbono em ambientes nativos que a instituição desenvolve nas áreas de Floresta com Araucária e no litoral paranaense. Estes projetos ajudam no combate às mudanças climáticas e no equilíbrio ecossistêmico da região, oferecendo à sociedade serviços ambientais e a manutenção da biodiversidade

Dentre as áreas protegidas por estes projetos, estão três importantes reservas naturais mantidas pela SPVS em parceria com a organização não governamental The Nature Conservacy (TNC). Por meio de uma lei estadual, estas áreas rendem um total de R$ 2 milhões aos municípios de Antonina e Guaraqueçaba com o chamado ICMS Ecológico, que destinam um montante de 5% do que é arrecadado com o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços no estado para os municípios que mantêm unidades de conservação ou áreas de mananciais em seus territórios.

Guaraqueçaba recebeu R$ 421 mil com a Reserva Natural Serra do Itaqui, mantida pela SPVS, e Antonina, que abriga as reservas do Morro da Mina e Rio Cachoeira, recebeu cerca de R$ 1,6 milhão por conta destas RPPNs. Estes valores somados às outras áreas mantidas na região resultam em um total de R$ 6 milhões em recursos aos dois municípios, segundo dados do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

A população do litoral norte paranaense também se beneficia com outros projetos. As comunidades que anteriormente trabalhavam com a exploração da vegetação ou com a criação de búfalos, hoje preservam estas áreas trabalhando com o ecoturismo e a meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão). A SPVS oferece a capacitação dos cidadãos locais para que desempenhem estas atividades, que servem como fonte de renda.

A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) é uma instituição do Terceiro Setor brasileira, sediada no estado do Paraná, que tem uma história de mais de 25 anos em favor da conservação da natureza. Entre as iniciativas da instituição, estão projetos para proteção de áreas nativas e de espécies ameaçadas de extinção – especialmente nas formações de Floresta Atlântica e Floresta com Araucária –, recuperação e restauração ambiental, campanhas de sensibilização pública e educação ambiental.





Fonte: Pedro Brodbeck