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A quimioterapia na veterinária visa aumentar a expectativa de vida

Editoria: Vininha F. Carvalho 04/11/2009

Os pets também podem sofrer com o aparecimento do câncer e, assim como nos humanos o tratamento indicado para a doença é a quimioterapia.

O responsável pelo Setor de Oncologia do Hospital Veterinário Pet Care, o médico veterinário Alex Lafarti de Sena, esclarece que o uso de uma droga ou químico para tratar qualquer doença é uma quimioterapia, mas esse termo normalmente se refere ao uso de drogas para tratar o câncer.

O objetivo da quimioterapia na veterinária é aumentar expectativa de vida e melhorar a qualidade de vida dos animais com câncer.

Como funciona:

O câncer pode ser definido como um crescimento celular rápido e incontrolável. Drogas anticancerígenas funcionam bloqueando o crescimento e a divisão celular. Diferentes drogas agem em diferentes fases desses processos. Em muitos casos, uma combinação de drogas é a maneira mais efetiva de matar as células cancerígenas ou retardar o seu crescimento.

Como o medicamento é administrado:

A maioria das drogas anticancerígenas é dadas por boca ou por injeções. A via escolhida (endovenosa, subcutânea ou oral) depende do tipo de droga e do tipo do câncer.

Duração:

A duração e a frequência da administração das drogas depende do tipo do câncer e da tolerância do paciente a essas drogas. O tratamento pode ser diário, semanal ou mensal.

Risco de exposição:

As maiorias dos quimioterápicos são muito potentes e devem ser manuseados com cuidado. Alguns são carcinogênicos e podem causar câncer com exposição prolongada.

Com drogas administradas por via oral é importante manter os comprimidos ou cápsulas fora do alcance de crianças em recipientes adequados. Quando manusear essas drogas deve-se usar luvas.

A urina e as fezes do animal podem ser contaminadas com componentes ativos da droga por vários dias após a administração.

Sempre evite o contato direto com urina e fezes de animais recebendo quimioterapia. Use luvas para limpar os dejetos e lave bem as superfícies.


Efeitos colaterais:

Veterinários tentam escolher dosagens e combinações que causem os menores efeitos colaterais possíveis. O ideal seria o animal que recebe quimioterapia não perceber que está doente. Entretanto, as drogas usadas são extremamente potentes e efeitos colaterais podem ocorrer.

O potencial para efeitos colaterais deve ser considerado em relação aos benefícios da quimioterapia e dos efeitos adversos de deixar o câncer sem tratamento. A escolha da quimioterapia para seu animal é uma decisão individual.


Tipo de efeitos colaterais:

Os efeitos colaterais ocorrem porque as células normais do corpo também são expostas aos quimioterápicos. As células mais sensíveis estão no sangue (toda droga quimioterápica tem efeito ielossupressor), trato gastro-intestinal, pele e sistema reprodutor.

Conseqüentemente, potenciais efeitos colaterais incluem infecções, sangramentos, diminuição do apetite, vômitos, diarréia, pelame mais fino ou alterações da cor dos pelos e esterilidade. Raramente, associado com drogas específicas, pode ocorrer desconforto da bexiga, lesão renal e alterações cardíacas.

O efeito adverso mais severo é infecções agressivas levando à morte. O efeito colateral mais frequentemente descrito pelos donos é que os animais parecem “desligados” por 1 ou 2 dias.

Isso deve significar que o animal fica discretamente menos ativo e excitado que o normal para comer. Mais raramente o animal pode pular 1 ou 2 refeições, ter um episódio de vômito ou diarréia, sangue na urina ou ficar letárgico.

Infelizmente não há como prever qual animal vai ter reações mais severas. O animal recebendo quimioterapia precisa ser observado de perto e ser levado ao veterinário aos primeiros sinais de doença ou alterações comportamentais.