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Nesta época do ano o Pantanal atrai ornitólogos do mundo inteiro

Editoria: Vininha F. Carvalho 22/10/2009

Barulhos estranhos, um pio aqui, um grunido ali. Bichos nunca vistos, aves com bicos exóticos e muito verde! O Pantanal fica ainda mais vivo a partir de novembro, quando começa a época das "cheias".

A viagem para este paraíso começa em Cuiabá e se estende para várias regiões. De um lado, as baías de Barão de Melgaço (Chacororé e Siá Mariana), do outro, Poconé – pernoite do 8º Rally Ecológico, que acontece nos dias 14 e 15 de novembro, com largada e chegada na capital matogrossense.

Os diretores técnicos do evento, Haroldo Pires e Douglas Braz, conhecem bem essas terras e trabalham no levantamento do percurso há meses.

"Fiz diversas trilhas de moto por lá. Existem lugares magníficos para se fotografar, mas também há várias armadilhas para navegadores desatentos”, salientou Braz.

Já Pires, que é diretor das federações de Automobilismo e Motociclismo em Mato Grosso, e tricampeão estadual de rali na categoria Motos, alerta que no período das águas, poderão surgir diferenças nas distâncias aferidas.

"Quando o carro patina na lama, pode-se perder alguns metros em relação a indicação da planilha, por isso, é preciso estar atento às referências para evitar que alguém se perca no Pantanal”, disse o dirigente.

A primeira etapa do Rally Ecológico termina após seis horas de navegação. O destino é a Fazenda Santa Edwirge do Boqueirão, de propriedade do piloto Paulo Borghetti.

Em média, a dupla da organização costuma rodar 1.500 quilômetros para preparar uma prova de 600 quilômetros. Um trabalho que demanda tempo, paciência, capricho e dinheiro, afinal, são em média 500 quilômetros rodados por dia, que consomem aproximadamente dois tanques de combustível.


Poconé:

A cidade tem apenas 32 mil habitantes e fica entre os rios Paraguai e Cuiabá, sendo o principal acesso ao Pantanal Norte. A rodovia Transpantaneira, com 149 quilômetros, termina no município de Porto Jofre. Durante os períodos de chuva, a estrada chega a ficar intransitável.

A vocação para o turismo ecológico na região é evidente. Tanto a fauna quanto a flora são vastas: cerca de 270 espécies de peixes, 22 de anfíbios, 83 de répteis, 444 de aves e 132 de mamíferos. A flora também é bem diversificada, destacando-se o espetacular colorido dos ipês.

Nesta época de chuva, entre novembro e março, o Pantanal transforma-se e a natureza transborda de exuberância. Milhões de aves espalham-se pelos campos e disputam espaço nas árvores a fim de construir seus ninhos. É neste período que ornitólogos do mundo inteiro desembarcam neste pedaço de chão para verificar e observar as mais variadas espécies da localidade.

Fonte: Isis Moretti