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Pesquisa inédita identifica comportamento dos proprietários de cães e gatos no Brasil

Editoria: Vininha F. Carvalho 23/07/2009

Dados do Radar Pet 2009, pesquisa inédita com representantes das classes econômicas A, B e C, que acaba de ficar pronta, indicam que a posse de animais domésticos ainda está muito relacionada com a faixa etária dos membros da família e com a formação dos lares. Com base na pesquisa, a população estimada total para as classes A, B e C é de 25 milhões de cães e 7 milhões de gatos, no Brasil.

O cachorro continua sendo o animal de estimação preferido nos lares que possuem cão ou gato, atingindo 79% das escolhas, sendo que o gato é preferido por 10% destas residências. Cães e gatos coexistem em 11% dos lares que têm animais de companhia.

Encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal) o Radar Pet tem por objetivo acompanhar hábitos e tendências dos proprietários de pets brasileiros. Alguns números ajudaram a desmistificar a idéia de que os membros da classe A preferem gatos, que são preferidos por apenas 9% deste grupo. Os cães são prediletos em 85%, e as duas espécies convivem em 6% dos lares desta classe.

O gato também não é preferido dos solteiros, que, acreditava-se até então, enfrentavam mais desafios para cuidar dos cães. Os felinos são escolhidos por apenas 20% dos solteiros e os cachorros, por 73% destes proprietários. A coexistência está em 7% dos lares de quem vive sozinho.

No caso dos casais sem filhos, a preferência por cachorro é ainda maior: 83% contra 6% dos que elegem os gatos.

Ainda nos lares dos casais sem filhos a pesquisa mostra que a penetração de cães e gatos é de 43%. Porém, ao considerar o ciclo de vida dos proprietários como casal com filhos pequenos, de até nove anos, esse número cai para 33%, o que demonstra que os casais preferem não manter animais quando estão com filhos pequenos, devido a preocupações e mitos ligados a segurança e higiene.

“Essas informações são fundamentais para que possamos investir na desmistificação desse conceito, uma vez que é possível e especialmente, saudável, a convivência entre crianças e animais de estimação. Inúmeras pesquisas indicam claramente o impacto positivo do animal no dia a dia e também na saúde e no comportamento das crianças”, acrescenta Luiz Luccas, presidente da Comac.

A pesquisa ainda aponta que os lares de casais com filhos jovens e adolescentes lideram na presença de cães e gatos com 50%. “Esses dados, inclusive, podem nos auxiliar a melhorar o índice citado acima entre os casais com filhos pequenos, pois é justamente o valor dos animais na relação com as crianças, jovens e adolescentes que explicam a concentração maior de animais nesse ciclo de vida do proprietário. É possível que essas crianças possam se tornar adultos e idosos que prefiram mais ter pets”.

Nos lares da terceira idade, nota-se, porém uma queda na presença de cães e gatos, segundo a pesquisa. Isso provavelmente se deve a diversos fatores, desde ao fato de que o animal nesse período está mais velho e morre, até ao fato do filho que morava com os pais ir embora e levar o cão, e ainda ao casal idoso que ficou com o cão do filho que foi morar sozinho, o cão faleceu e não foi reposto.

“Diante desse quadro, é também importante realizarmos um trabalho de conscientização da terceira idade para a questão de que os cães são muito benéficos também nesse período de vida. Uma alternativa excelente é a adoção de animais adultos, menos dependentes de seus donos”, analisa Luccas.

Outro dado interessante diz respeito ao tipo de moradia. O cão está em 79% dos proprietários que moram em casa e em 78% dos que vivem em apartamento. No caso do gato, 8% moram em casas e 18% em apartamentos.

Dentre as raças caninas mais apreciadas na hora de adotar um animal de estimação, os animais sem raça definida (SRD) estão em 36% das escolhas, seguidos por poodle (24%), daschund (7%), pinscher (7%), entre outros. No caso dos gatos, os animais SRD representam 77% das respostas, seguidos por siamês (26%), persa (4%), angorá turco (3%) e outras raças.

Outro ponto destacado na pesquisa é o nome mais comum entre cães e gatos. No caso dos felinos, Mimi (3%) e Mel (2%) são os nomes preferidos, seguidos por Kiko, Nino, Belinha, Chiquinha, Fredy, Garfield e Preto (cada um destes aparece em 1% das respostas). Para batizar os cães, os proprietários preferem Mel (3%), Nina (2%), Billy (2%), Bob (2%), Suzi (2%), Princesa (2%) e Rex (1%).

Primeira pesquisa Radar Pet avalia com profundidade o mercado de cães e gatos do Brasil e identifica as principais características e tendências deste mercado

Levantamento inédito foi encomendado pela Comissão de Animais de Companhia do SINDAN e envolveu donos de animais das classes A, B e C. Segmento conta, agora, com estatística confiável, feita sob base científica

O Brasil conta com 25 milhões de cães e 7 milhões de gatos nas classes A, B e C e representam a base deste segmento. Estes são os mais atualizados números do País, segundo o Radar Pet 2009, pesquisa inédita com representantes das classes econômicas A, B e C, que acaba de ficar pronta. O levantamento foi encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), e realizada pela Diferencial Pesquisa de Mercado.

“O mercado necessitava deste número oficial, pois até então havia apenas uma estimativa sem base concreta na realidade do Brasil. O Radar Pet tem base científica e foi esmiuçado para apresentar características importantes sobre os proprietários de cães e gatos e os seus animais de estimação”, analisa o médico veterinário Luiz Luccas, presidente da Comac.

Para levantar os números do Radar Pet, a Comac contratou a Diferencial Pesquisa de Mercado que avaliou mais de 2.100 domicílios em Abril deste ano. Trata-se de uma pesquisa abrangente envolvendo seis regiões do País que, somadas, representam 20% dos domicílios brasileiros. A pesquisa identificou que 44% dos lares das três classes possuem pelo menos um cão ou gato.

Os números ajudam a desmistificar algumas ideias pré-concebidas entre poder econômico e posse de pequenos animais. Na classe A, por exemplo, 52% dos domicílios têm pets. Este percentual cai para 47% na classe B. Na classe C, são 36% dos lares com pets.

“A presença de pets decresce à medida que a renda familiar cai. Isso é explicado pelo custo dos produtos para este segmento, especialmente em um país com carga tributária equivalente a 50% do preço final dos produtos”, informa Luiz Luccas. Segundo o presidente da Comac, no segmento de animais de companhia os impostos brasileiros estão entre os mais elevados do mundo.

Por outro lado, a pesquisa confirmou a preferência do brasileiro por cães. Entre os lares que optam por algum tipo de animal doméstico, eles representam 79% das escolhas, sendo que 10% preferem os gatos. No Brasil, porém, a população felina cresce mais rapidamente que a canina, mas ainda é menor. Os lares que possuem as duas espécies ao mesmo tempo representam 11% do total.

Quanto aos dados divididos por classe econômica, os cães se destacam nos lares da classe A (85% das escolhas nesta categoria). Nas classes B e C, a escolha pelos cães é de 77% em cada uma. Quando analisadas em conjunto, as três classes atingem média de 1,55 cães por lar e 1,83 gatos. A maior parte dos lares opta por um único animal, sendo que 65% têm um único cão e 63% possuem apenas um gato.

Porém, o grande valor da pesquisa reside na avaliação do perfil e comportamentos dos lares brasileiros com animais de companhia. Foram analisados diversos aspectos ligados a atitudes e preferências dos diferentes proprietários e núcleos familiares com relação à saúde, alimentação, cuidados e serviços relacionados aos seus pets. “São dados importantes e inéditos que auxiliam na analise do perfil e tendências deste mercado, de acordo com as necessidades dos proprietários, servindo de base para uma orientação sólida aos veterinários e demais envolvidos no setor. Pretendemos atualizar esta pesquisa a cada dois anos para observar a evolução do segmento no Brasil”, conclui Luiz Luccas, da Comac.



Fonte: Altair Albuquerque