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Japão adia caça ás baleias amedrontado com a reação dos Estados Unidos

Editoria: Vininha F. Carvalho 16/11/2007

A frota baleeira japonesa atrasou a partida para o Oceano Antártico para sua caça anual às baleias. O motivo foi evitar qualquer complicação política no encontro desta sexta-feira do primeiro ministro japonês Yasuo Fukuda com o presidente dos Estados Unidos George W. Bush. A reunião será em Washington.

O navio “Esperanza” do Greenpeace esteve posicionado além dos limites das águas territoriais do Japão com um banner pedindo o fim da caça e seguirá de perto a frota baleeira japonesa durante sua passagem para a Antártida.

“O primeiro ministro Fukuda não deveria atrasar a partida da frota para evitar constrangimentos políticos internacionais, ele deveria cancelar todo o programa e inutilizar os navios para que não tivessem mais a permissão de navegação para caça", disse Karli Thomas, chefe da expedição a bordo do Esperanza.

“O programa de caça científica do governo japonês é uma vergonha e fonte de uma tensão diplomática entre o Japão e os países conservacionistas, como Estados Unidos. Não há lugar para caça a baleia na Antártida – um lugar para paz e ciência. Caça não é ciência”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Baleias do Greenpeace Brasil e chefe de pesquisa da expedição no navio Esperanza.

A caça de baleia no Oceano Antártico, realizada anualmente pelo Japão, ganha o disfarce de pesquisa científica, mas têm sido condenada internacionalmente. Nesta temporada, o Japão pretende matar mais de mil baleias, incluindo 50 fin que estão em perigo de extinção e, pela primeira vez esse ano, mais 50 jubartes, que estão em alto risco de extinção. A Comissão Internacional da Baleia (CIB) vem clamando ao Japão pelo fim da matança de baleias no Oceano Antártico.

“Os baleeiros japoneses estão enganando o público japonês pintando a palavra “pesquisa” em seus navios”, disse Junichi Sato, coordenador da campanha de Baleias do Greenpeace Japão. “Verdadeiros cientistas não precisam matar baleias para estudá-las. Essa caça comercial está pobremente disfarçada como ciência”.

Uma pesquisa de opinião feita pelo Nippon Research Centre em junho de 2006 mostrou que 95% do público japonês nunca ou raramente come carne de baleia. Mais de 2/3 dos japoneses não apóiam a caça de baleia em alto-mar. E o Japão está perto de ter 4 mil toneladas de carne de baleia, proveniente da caça científica, armazenada em seus freezers, sem valor comercial e sem público.

Fonte: Greenpeace

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