Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

FAPESP e universidades paulistas unem-se no Instituto Virtual da Biodiversidade

Editoria: Vininha F. Carvalho 03/08/2007

A cooperação acadêmica entre as instituições possibilitará a manutenção dos sistemas de informação desenvolvidos pelo Programa Biota-FAPESP, que faz a caracterização, conservação, recuperação e uso sustentável da biodiversidade do estado de São Paulo

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e as três universidade públicas paulistas - Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), celebram a institucionalização do Instituto Virtual da Biodiversidade. A cerimônia foi realizada em 2 de agosto, às 9h30, na sede da FAPESP.

Desde que o Programa Biota-FAPESP foi criado, em 1999, os cientistas descobriram pelo menos 500 novas espécies de plantas e animais. O programa produziu ainda um atlas com as áreas vegetais prioritárias para conservação e recuperação no estado de São Paulo e outros sistemas eletrônicos dinâmicos e inter-relacionados, constantemente atualizados com informações produzidas pelos pesquisadores das universidades participantes.

O objetivo da parceria é o de tornar permanente a preservação e a continuidade desta riqueza de conhecimento. O convênio estabelece que as universidades façam a manutenção dos sistemas de informação ambiental criadas pelo Programa Biota-FAPESP.

"O acordo garante a perenidade das ferramentas que já existem e são de uso geral da comunidade científica, mas que têm uma complexa rotina de manutenção diária", afirma Carlos Alfredo Joly, membro da coordenação do Programa Biota.

Segundo ele, cada universidade ficará responsável por uma ferramenta. O Sistema de Informação Ambiental (SinBiota ) - com dados de aproximadamente 4 mil espécies de plantas, animais e microrganismos encontrados no estado - o Atlas e a revista eletrônica Biota Neotrópica ficarão sob responsabilidade da Unicamp.

Já a Rede Biota de Bioprospecção e Bioensaios (BIOprospecTA) será dividida entre a Unesp - que cuidará das informações sobre caracterização de moléculas, coleção de extratos e animais, por exemplo - e a USP - que ficará com a parte mais aplicada da bioprospecção, ou seja, com as informações sobre utilização clínica das moléculas conhecidas.


Participação internacional:

Michel Loreau, da Universidade McGill, no Canadá, presidente do Comitê Científico DIVERSITAS e vice-presidente do International Mechanism of Scientific Expertise in Biodiversity (IMoSEB), ministrou no evento a palestra "Por que precisamos de um Mecanismo Internacional de Conhecimento Científico em Biodiversidade (IMoSEB)?".

Lançado em janeiro de 2006, o IMoSEB vai organizar a comunidade científica que trabalha com a biodiversidade para emitir alertas sobre os perigos da redução de espécies que ocorre atualmente. Para ele, a diversidade de opiniões é necessária, mas também é preciso um esforço coletivo para divulgar mundialmente questões cruciais e como elas devem ser encaminhadas.

Organismo internacional para o compartilhamento de informações ambientais entre países para elaboração de políticas públicas e tomadas de decisão, o IMoSEB ainda não tem a participação oficial do Brasil. Para Carlos Alfredo Joly, o País tem pesquisadores com força e prestígio internacional, além de gerar dados que podem ser integrados a relatórios internacionais sobre biodiversidade.


Fonte: Gerência de Comunicação da FAPESP