Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

Peixes da espécie Mero terão mais proteção em todo o território brasileiro

Editoria: Vininha F. Carvalho 28/09/2007

A pesca e comercialização dos peixes da espécie Mero estão proibidas por mais cinco anos em todo o território brasileiro. Foi publicada no Diário Oficial da União a portaria 42, que prorroga a portaria 121 de 20 de setembro de 2002, que proibia a pesca e comercialização do Mero (Epinephelus itajara) por cinco anos em todo o território brasileiro.

A portaria expiraria no último dia 20, mas o projeto "Meros do Brasil", juntamente com acadêmicos, pesquisadores, representantes de ONGs e associação de pesca se mobilizaram para assegurar a sobrevivência da espécie, e apresentaram um documento ao Ibama solicitando a prorrogação para que fossem realizados possíveis estudos sistemáticos sobre a espécie.

A articulação faz parte do projeto "Meros - Estratégias para a Conservação de Ambientes Costeiros e Marinhos do Brasil", patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.

O grupo envolvido no projeto também participou ativamente da edição da portaria anterior. O projeto "Meros do Brasil" desenvolve atividades nos estados de Pernambuco, Bahia, Santa Catarina e São Paulo.

O Mero é uma espécie de grande porte, da família Serranidae, a mesma da Garoupa e do Badejo. Ele pode atingir três metros de comprimento, pesar mais de 400 quilos e viver mais de 40 anos. A captura excessiva, além da crescente degradação de seu habitat, vem resultando em declínios populacionais da espécie, que ocupa áreas costeiras e tem comportamento amistoso em relação à presença humana.

O Mero é altamente susceptível à pesca, já que apresenta taxas de crescimento lento e maturação sexual tardia, além de hábitos como os de agregar-se para a reprodução. Atualmente, o peixe está na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção da IUCN (Internacional Union for Conservation Nature) como espécie Criticamente Ameaçada.

Segundo o biólogo Mauricio Hostim, professor da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALLI) e responsável técnico pelo projeto "Meros do Brasil", a portaria é urgente. As capturas dos exemplares normalmente se concentram sobre as agregações reprodutivas, o que aumenta a vulnerabilidade do Mero.

O período de cinco anos também se justifica, está prevista uma nova avaliação global pela UICN e uma nacional, utilizando dados produzidos e organizados pela Rede Meros do Brasil e parceiros, dentro de cinco anos.


Fonte: Gerência de Imprensa da Petrobras