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Produção de vacinas contra febre aftosa em 2007 superará 500 milhões de doses

Editoria: Vininha F. Carvalho 23/02/2007

Os fabricantes de vacinas contra febre aftosa deverão disponibilizar ao mercado brasileiro mais de meio bilhão de doses do produto durante 2007, praticamente o mesmo volume produzido no ano passado. A previsão é do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entidade que reúne os principais laboratórios veterinários do País.

Desse total, cerca de 395 milhões de doses devem ser efetivamente utilizadas na vacinação do rebanho brasileiro, segundo a previsão de demanda oficial feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para 2007.

O restante será utilizado na manutenção dos estoques oficiais de segurança (hoje ao redor de 128 milhões de doses) exigidos pelo governo para casos de emergência sanitária e para exportação.

“Estes números indicam que a indústria veterinária atenderá com folga à demanda de vacinas contra febre aftosa do mercado brasileiro. A indústria faz o seu papel e temos vacinas para utilizar até mesmo em eventual foco, com condições de vacinar um estado inteiro, se assim decidir o governo brasileiro”, ressalta Mário Eduardo Pulga, Vice-Presidente do Sindan para Assuntos de Aftosa.

Pulga lembra que este cenário só é possível porque, entre 2003 e 2005, o parque industrial veterinário brasileiro recebeu investimentos da ordem de R$ 50 milhões na ampliação da capacidade de produção para acompanhar as demandas do mercado interno e externo. Tal demanda é especial nas regiões Norte e Nordeste, prioritárias para o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que determina como meta a erradicação da forma clínica da doença até 2010 no território brasileiro.

A indústria veterinária também realizou, recentemente, investimentos no contínuo aperfeiçoamento da vacina, em antecipação a futuras normas nacionais e internacionais. De acordo com Mario Pulga, cada fabricante investiu em torno de R$ 10 milhões no desenvolvimento de processos de purificação da vacina, com o objetivo de eliminar a interferência de proteínas não estruturais quando de inquéritos sorológicos.

“A vacina purificada terá a mesma eficiência do produto que conhecemos hoje. Porém, não conterá as proteínas não-estruturais que interferem nos testes. Dessa forma, os níveis de reatividade, que, de acordo com os inquéritos sorológicos oficiais, hoje estão entre 1 e 2%, desaparecerão, permitindo às autoridades sanitárias confirmar com exatidão a circulação ou não do vírus”, afirma Pulga, acrescentando que as pesquisas da indústria foram apoiadas pelo MAPA e pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (PANAFTOSA).

A indústria aguarda apenas a publicação da normativa oficial, que regulamentará os níveis admissíveis de reatividade da vacina brasileira. Em 2006, o Brasil utilizou 369,6 milhões de doses de vacinas na imunização do rebanho bovino contra febre aftosa.

No total, a indústria veterinária registrou faturamento de cerca de R$ 2,4 bilhões com a comercialização de produtos destinados a todos os segmentos animais (bovinos, aves, suínos, eqüinos, cães e gatos, ovinos e caprinos, especialmente).


Fonte: Texto Assessoria de Comunicação