Editoria: Vininha F. Carvalho 26/01/2007
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro vai ganhar o primeiro museu ambiental da América Latina. A área, de vegetação remanescente de Mata Atlântica, deverá se destacar também como centro de estudos.
O início das obras foi anunciado na quarta-feira (27/12), em cerimônia que contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A reforma vai revitalizar o prédio do antigo Museu Botânico, desativado há 10 anos. O local vai abrigar laboratórios onde serão feitas pesquisas sobre conservação da biodiversidade, mudanças climáticas e efeito estufa.
"Recebemos a visita de cerca de 450 mil visitantes por ano, não apenas de cariocas, mas de muitos turistas estrangeiros", disse o presidente do Jardim Botânico, Liszt Vieira.
"O museu vai mostrar o ecossistema brasileiro para o mundo. Vai ter uma importância enorme e é motivo de orgulho poder começar hoje essa caminhada”.
Para a ministra, o espaço será a “menina dos olhos” do Jardim Botânico. "É um trabalho intenso, que conta com diversos parceiros, públicos e privados.Representa a prioridade que estabelecemos no início da gestão (do governo Luiz Inácio Lula da Silva):de que iríamos trabalhar projetos estruturantes, de implementação e recuperação de outros projetos, como é o caso do museu, que vai ser a menina dos olhos do Jardim Botânico”.
A obra deve começar em março de 2007 e terminar em junho de 2008, ano em que o parque comemora 200 anos. O orçamento é de cerca de R$ 5 milhões, que serão patrocinados pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pela Petrobras, além de outros parceiros da iniciativa privada.
Para a primeira fase, que prevê a recuperação da estrutura do prédio que abrigará o museu, o BNDES já liberou R$ 1,8 milhão.
