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Salvador é 30ª Cidade Amiga da Amazônia do País

Editoria: Vininha F. Carvalho 18/04/2006

A bordo do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, o prefeito de
Salvador, João Henrique (PDT-BA), assinou ontem, termo de compromisso com o Cidade Amiga da Amazônia, tornando Salvador o 30º município a aderir ao programa de consumo responsável de madeira.

O principal objetivo do programa é incentivar prefeituras brasileiras a adotarem leis locais que evitem o consumo de madeira de origem criminosa nas compras e licitações públicas. O termo de compromisso com a prefeitura foi assinado pelo Greenpeace e a ONG baiana Gamba (Grupo Ambientalista da Bahia).

A solenidade reuniu diversos representantes da sociedade civil de
Salvador, além de vereadores, técnicos das secretarias de meio
ambiente, Ibama, Apedema (Assembléia Permanente de Entidades em
Defesa do Meio Ambiente) e Iamba (Instituto de Ação Ambiental da
Bahia).

"Ao fechar suas portas para madeira ilegal, a prefeitura de Salvador está agindo concretamente para deter o desmatamento da Amazônia",comemora Rebeca Lerer, coordenadora do programa Cidade Amiga da Amazônia. Mais de 64% da madeira extraída da Amazônia é consumida pelo mercado brasileiro. As prefeituras utilizam grandes volumes de madeira em obras públicas como escolas e postos de saúde.

"Participando do programa, as prefeituras tornam-se exemplos
de consumidores responsáveis e evitam que o dinheiro público financie a destruição criminosa da Amazônia".

Para Renato Cunha, do Gamba, a política de consumo responsável
adotada por Salvador deve evitar também o consumo de madeira ilegal da Mata Atlântica.

"A legislação vai abranger todos os tipos de madeira nativa utilizada nas obras da prefeitura", explica.

Durante a solenidade, o Greenpeace lançou o relatório "Tolerância
zero: Chega de madeira ilegal – Porque a exploração de madeira na
Amazônia está fora de controle". Destinado a técnicos das prefeituras participantes do Cidade Amiga da Amazônia e de secretarias estaduais de Meio Ambiente, ONGs, institutos de pesquisa, empresas e consumidores, o relatório detalha os atuais sistemas governamentais de controle da atividade madeireira na Amazônia, bem como as fraudes mais comuns, e propõe soluções para reduzir a ilegalidade do setor.

"Este documento pretende disponibilizar informações sobre o
funcionamento da atividade madeireira e do sistema de controle do
Ibama aos tomadores de decisão e ao público em geral", explica
Marcelo Marquesini, engenheiro florestal do Greenpeace. "Para exigir padrões sustentáveis de produção, os consumidores e revendedores de madeira precisam entender a dinâmica da exploração e comércio desses produtos", conclui.

Estima-se que entre 60% e 80% de toda madeira produzida na Amazônia seja ilegal. Nos últimos quatro anos, a Floresta Amazônica perdeu mais de 70 mil km2 de cobertura. Os principais vetores da destruição são a exploração criminosa de madeira e o avanço da agropecuária sobre novas áreas de florestas. Em todo o mundo, o Greenpeace trabalha pela criação de uma rede de áreas protegidas como parques e reservas de uso sustentável para deter o desmatamento e salvar as últimas florestas do planeta.


EXPEDIÇÃO

O navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, está percorrendo a costa
brasileira durante o mês de abril como parte da campanha global pela proteção das florestas. Com o objetivo de levar a realidade de regiões remotas da Amazônia para grandes centros urbanos do nosso litoral, o navio já esteve em Porto Alegre (RS) e Santos (SP) e, após Salvador, segue para Recife (PE) e Fortaleza (CE). Em todas estas cidades, o barco é aberto à visitação pública e as pessoas também poder visitar uma exposição de 72 fotos que retratam as belezas e as ameaças que colocam em risco a maior floresta tropical do planeta, além do trabalho da entidade na região.





Fonte: Greenpeace