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Gatos e alunos especiais, uma combinação com ótimos resultados

Editoria: Vininha F. Carvalho 26/05/2006

Gatos persas como elementos facilitadores na educação de alunos com necessidades especiais: esse é o trabalho realizado por Cláudia Stamato Fonseca, pedagoga e especializada em Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem e que utiliza a Educação Assistida por Animais. Aplicando a psicologia e analisando a fundo o comportamento das crianças, a profissional estimula, através dos animais, o interesse dos estudantes com temas como a afetividade e a amizade.

Mesmo os indivíduos com sérios comprometimentos cognitivos, físicos ou mentais acham uma forma de interagir com os felinos. “Desenvolvo conteúdos pedagógicos e suportes técnicos indispensáveis para a apresentação. Os resultados superam expectativas. A capacidade de compreensão de cada turma, a abertura para o diálogo e a troca de informações, emoções e sentimentos são desencadeados pela visita e pelo toque no animal”, descreve.

Os gatos, adultos e filhotes, machos e fêmeas, participam devidamente preparados: limpos, com unhas aparadas, vacinados, vermifugados, gozando de boa saúde física e equilíbrio comportamental, atestados pela veterinária Solange Frasson. Com a diversidade de animais, é possível também destacar as diferenças nas variações de pelagem, coloração, textura, na forma como cada gato individualmente responde ao estímulo do toque de um individuo que não está familiarizado e na predisposição dos filhotes para brincar com bolinhas, penachos, bolhas de sabão, entre outros materiais e sucatas utilizados.

No contato com os animais, surgem outras questões propostas pelos alunos, à medida que interagem com o animal e sentem-se mais confiantes com a presença deles em sala de aula. “Torna-se possível trabalhar a importância da saúde, da higiene, da alimentação, o cuidar do outro e não apenas ser cuidado, a dedicação, a amizade entre diferentes, incluindo aí a amizade entre os gatos e outros animais”, explica. “Mesmos as crianças com paralisia cerebral, que têm dificuldade ou impossibilidade de se comunicar verbalmente, demonstram satisfação através de sorrisos e de olhares de compaixão”, comenta.

Começo e desenvolvimento

Cláudia sempre conviveu com animais, principalmente cães. Na adolescência, cavalos, e mais tarde, os gatos entraram em sua vida. “Não entendia muito bem como algumas pessoas não gostavam de animais. Frente a este questionamento, li tudo o que encontrava a respeito de comportamento animal até me deparar com publicações estrangeiras sobre a ATT – Atividade Assistida por Animais, nos final dos anos 80”, narra. A partir daí a pesquisadora buscou conhecimentos na área de comportamento e psicologia animal, relacionando-os ao conhecimento científico da Pedagogia. “Concluí que os animais nos curam quando criamos vínculos saudáveis e respeitosos com eles”, frisa.

A pedagoga acumula experiências como voluntária em projetos de equoterapia e na aplicação da Educação Assistida por Animais utilizando gatos na APAE Piracicaba, São Paulo, além de trabalhos em outras instituições escolares com disléxicos, deficientes mentais e crianças hiperativas com déficit de atenção e aprendizagem. Atualmente ministra palestras na faculdade Anhembi-Morumbi, na capital paulista, no curso de Extensão Universitária sobre Terapia Assistida por Animais. Cláudia ainda desenvolve a criação de gatos Persas, Himalaios e Exóticos (www.wellnesspersians.com), participa de exposição da raça para trabalho de aprimoramento genético e desenvolve um projeto de zooterapia para crianças autistas.


Fonte: Rosangela Groff

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