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Pesquisa utiliza peixe-zebra para desvendar mecanismo do Parkinson

Editoria: Vininha F. Carvalho 03/03/2006

Os pesquisadores já sabem que uma disfunção do gene DJ1 em humanos contribui para o aparecimento do mal de Parkinson, que afeta a coordenação motora dos pacientes. Mas eles também descobriram que algumas toxinas, quando presentes no organismo, causam o mesmo problema. E essas substâncias são encontradas em maiores quantidades apenas quando existe o problema genético.

Estudos realizados com peixes-zebras na Universidade de Sheffield, na Inglaterra, mostraram que altas doses de toxina realmente causam o problema na coordenação motora. O que os pesquisadores ainda não identificaram é quanto dessa substância é necessária para causar a mesma disfunção em seres humanos.

Uma das certezas é que devem ser doses bem menores. Além de procurar descobrir a quantidade de toxina necessária para provocar o mal de Parkinson, os pesquisadores ingleses trabalham para encaixar as diversas peças do quebra-cabeça.

Segundo Oliver Bandmann, pesquisador do grupo que conduz o estudo, não é apenas a disfunção no gene DJ1 que causa a doença. "Isso deixa a pessoa mais suscetível somente quando ela entra em contato com a toxina", explica.

Para o pesquisador, o principal objetivo agora é estudar como outros fatores combinados com o problema genético agem para causar a doença de Parkinson. "Apenas quando entendermos como essas diversas peças funcionam é que vamos poder agir sobre as causas e não apenas ficarmos tratando as conseqüências", disse.

Pelos estudos realizados, o grupo de pesquisa da Universidade de Sheffield foi o único do Reino Unido a receber verbas da Fundação Michael J. Fox, criada pelo ator de cinema que sofre com a doença. A instituição anunciou que dará US$ 3,6 milhões aos cientistas britânicos.

Fonte: Agência Fapesp