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Convívio com os animais é considerado como recurso terapêutico

Editoria: Vininha F. Carvalho 02/01/2013

O ser humano sempre sofreu uma espécie de “Síndrome de Narciso” que o levou a construir mitos de si mesmo, como o de considerar-se feito à “imagem e semelhança de Deus” ou o “coroamento da criação”. É como se toda a evolução biológica que o precedeu fosse uma espécie de ensaio da natureza para atingir o ápice da perfeição: o surgimento do Homo sapiens.

Por sentir-se o centro do universo, o homem reconhecia no animal e nas outras espécies simples “coisas”, desprovidas de vida própria, que existem apenas para lhe servir. Ao iniciar o processo de civilização, o ser humano levou consigo o planeta inteiro, desequilibrando todo o ecossistema.

A partir do momento, que foi despertada a necessidade de preservarmos o meio ambiente , surge uma nossa concepção de relacionamento , voltada para o respeito a todas as formas de vida, onde inclui-se os animais.

Com todos os avanços da ciência, pesquisas mostram, que o convívio com os animais , é considerado um dos melhores recursos terapêuticos.

O animal que antes servia apenas de suporte, evoluiu também para animal de estimação.Sua relação com o ser humano tornou-se tão complexa que, ao entrar para uma família, ele é capaz de provocar alterações no comportamento de todos os seu membros.

Os animais domésticos passaram a ser considerados importantes na sociedade, por oferecer apoio emocional.Para quem vive na cidade, representam contato com a natureza. Está nos genes humanos apreciar a interação com animais e plantas.

A simples presença de um animal de estimação pode ser relaxante, ajudar a diminuir a pressão sangüínea e o estresse. Alguns animais são mais benéficos que outros. O efeito relaxante aparece menos quando se tem um peixe num aquário ou pássaros na gaiola.

Os resultados dependem de contato, portanto, aqueles que podem ser tocados, como cachorros e gatos, são mais eficientes. Gatos são particularmente úteis no tratamento de pessoas com tendências depressivas. Ao contrário dos cachorros, buscam o carinho dos donos só quando requisitados.

Atualmente, em muitos lugares, os animais são usados na recuperação de doentes , convalescentes e até presidiários. Na Europa, 30% das terapias de recuperação utilizam animais. Em San Francisco, nos Estados Unidos, existe um programa em que cães e gatos oferecem conforto a pacientes terminais de Aids.

A convivência com o animal , as vezes, acaba substituindo para algumas pessoas, os filhos e os amigos. O amor incondicional, a lealdade, a compreensão sem crítica e estar presente em todas as situações são elementos fundamentais neste relacionamento. Isso faz com que essa relação seja, muitas vezes, considerada superior a de um ser humano com outro.

A preocupação em criar leis para defender os animais de circo, os utilizados em rodeios e, também o combate ao tráfico de animais silvestres e um interesse muito grande em salvar algumas espécies da extinção, incentivar a posse responsável e o controle de natalidade dos animais domésticos para tentar solucionar o problema do abandono, demonstram que os homens estão conscientes que estas atitudes representam assegurar o equilíbrio do planeta.



Fonte: Vininha F. Carvalho