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A posse responsável dos animais é um compromisso com a vida

Editoria: Vininha F. Carvalho 12/09/2015

A irresponsabilidade na posse dos animais não é privilégio das classes menos favorecidas.Alguns moradores da favela, até procuram amenizar o problema dos animais abandonados,os adotando e levando para a comunidade.

A aplicação de uma política nacional que vise controlar a superpopulação,implantando leis que especifiquem as responsabilidades do dono,somada a um eficiente trabalho desenvolvido pela vigilância epidemiológica, garantiria uma qualidade de vida á todos. A falta de união entre as associações protetoras,clínicas veterinárias e órgãos públicos permitiu que a população canina brasileira ultrapassasse os 5 milhões de animais,limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Para controlar o risco de doenças e ataques,o correto é a presença de um cão para cada dez habitantes.

Na cidade de São Paulo,existe 1,3 milhão de cães,o equivalente a um por oito habitantes.Os Estados do centro-oeste tem a média de dois cães para cada dez pessoas.Os Estados do sul são os únicos adequados a recomendação da OMS.

Existe um mito que todos os cães devem procriar pelo menos uma vez para que eles permaneçam sempre saudáveis.Na realidade,a fêmea esterilizada reduz a chance de desenvolver câncer de mamas e infecções no útero e os machos de se envolverem em acidentes de trânsito,brigas e mordeduras.

O macho não castrado torna-se mais violento e propenso ao ataque e a transmissão de doenças contagiosas.

A cada criança que nasce,nascem 15 cães e 45 gatos.Numa estimativa aproximada, a cadela no prazo de 6 anos gera indiretamente 64 mil filhotes e a gata, em 7 anos gera 420 mil novos seres.O número de animais abandonados, não é maior porque muitos morrem precoscemente.

Os abrigos não representam a melhor opção e,sim uma forma de armazenar o problema,sem poder nem a curto ou longo prazo encontrar uma solução .

Adotar um animal exige responsabilidade do dono e um compromisso com a vida deste ser indefeso.O abandono precisa ser encarado como um ato desprezível.O trato dispensado ao animal deveria caracterizar o perfil do caráter da pessoa.Quem o maltratasse deveria ser marginalizado pela sociedade.

Sómente o idealismo não é suficiente para encontrarmos o melhor caminho.Precisamos agir e cobrar um programa humanitário nas escolas, uma campanha de conscientização para que a população saiba como evitar a procriação e a comercialização indiscriminada de filhotes.

Os animais não podem pagar com a vida o preço da incoerência humana.No passado,os trouxeram para nossa sociedade e hoje não querem assumir a conseqüência deste ato.Toda posse deve ser responsável.Não ignore teu amigo!



Fonte: Vininha F.Carvalho