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Bem estar animal não é sinônimo de caridade

Editoria: Vininha F. Carvalho 12/09/2015

O animal representa a natureza primitiva e instintiva de que todos nós somos constituídos. O animal é parte da natureza e, como tal, não é bom nem ruim, obedece apenas ao seu instinto, que é também o fundamento da natureza humana e, se não for integrado à sua personalidade, pode ser extremamente perigoso. A necessidade de implantarmos, uma nova mentalidade capaz de permitir uma relação de respeito com os animais e a natureza em geral, permitirá também , o desenvolvimento de atitudes éticas na sociedade.

Um convênio inédito entre o Ibama e a Penitenciária Orlando Brando Filinto, em Iaras, interior de São Paulo, está permitindo que cerca de 30 presos em regime semi-aberto aprendam a manejar emas e capivaras em uma área contígua ao presídio. O Projeto de Ressocialização pela Manutenção de Animais Silvestres, foi uma iniciativa do diretor do presídio, Roberto Medina, que propôs a experiência ao órgão ambiental.

Segundo Wilson Almeida Lima, na época , gerente –executivo do Ibama em São Paulo, aceitaram o desafio por considerar que ajudaria no processo de humanização do presídio.Além de contar com instalações adequadas área cercada, com água e pessoas dispostas a cuidar dos animais, a penitenciária já desenvolve trabalho com piscicultura e criação de coelhos e possui um agente penitenciário agrônomo.

O grande desafio dos centros urbanos que visam a melhoria da qualidade de vida enfocando a ética , é conseguir implantar e fortalecer a idéia, de que o bem estar animal não pode mais ser considerado como um ato de caridade e sim como uma obrigação legal .

A população de pequenos animais, que vivem e sobrevivem , em relação direta com as condições do meio ocupado pelo homem, não podem continuar sendo abandonados.

Esta situação requer a urgência de unir esforços da comunidade, para que se obtenha o controle de natalidade, enfatizando a necessidade de sensibilização da população sobre a posse e responsabilidade de animais de estimação.

O abandono de um animal é um ato cruel e degradante, demonstração clara, de falta de caráter e incapacidade para assumir compromissos, e caracteriza-se num crime.

Para conscientizar sobre a importância de ser um cidadão responsável pelo seu animal, implantamos a campanha educativa , que visou comemorar no dia 4 de outubro , o “Dia Nacional de Adotar um Animal”, através da qual foram realizados vários eventos no País, estabelecendo um debate amplo para tentarmos trocar “o problema do abandono” pela “oportunidade da adoção responsável”.

Conseguimos através de pequenas iniciativas individuais e do apoio de entidades sérias, um resultado surpreendente, ocorreram muitas adoções e a possibilidade de darmos continuidade a este trabalho ao longo do ano.Precisamos agir assim, dando sempre continuidade as nossas iniciativas, estimulando a idéia que a proteção dos animais se faz através da Boa Ação, e não apenas com Doação.

O engajamento das escolas, na luta em defesa dos direitos dos animais e preservação da natureza , tem um papel relevante para que as crianças passem a trazer consigo um compromisso ético para com o meio em que vivem, combatendo as atitudes do comportamento violento e criando uma sociedade melhor,onde viverão seus filhos e netos.

O respeito ao direito dos animais, assim como as riquezas naturais, precisam também passarem a ser encarados como potenciais turísticos , pois demonstra que existe na cidade um alto grau de civilidade.

A defesa do direito dos animais se faz estimulando a cidadania, o desejo de fortalecer a responsabilidade social , e não apenas como um ato filantrópico.Precisamos combater a causa e não ficar se preocupando apenas em controlar as consequências.

Esta nas mãos de cada um, que se dispõe a ajudar os animais a possibilidade de encontrar a solução, se souber compartilhar suas idéias, estimulando a posse responsável e a castração .Na causa animal não existe vencer, mas sim convencer seus semelhantes a serem mais sensíveis e unidos em prol dos animais.






Fonte: Vininha F. Carvalho